Sempre defendi o direito dos trabalhadores e o direito à greve por qualquer grupo ou classe social como último recurso depois de esgotadas todas as possibilidades de entendimento entre as partes.
O ano de 2014 trouxe-nos uma novidade em termos de greves, os trabalhadores da empresa pública "metropolitano de Lisboa"... para além de manterem um calendário muito preenchido de greves, adotaram uma modalidade inovadora de agendarem greves das 05h às 10h (abrindo as estações às 10:30h), às quintas-feiras por tempo incerto.
Como cidadão acho uma indignidade este tipo de greves do metropolitano de Lisboa, tanto pelo não cumprimento dos serviços mínimos exigidos por lei como pelos prejuízos causados aos cidadãos que não estão nem querem fazer greve! As causas podem ser muito nobres mas esta atitude e metodologia já perderam qualquer apoio por parte do cidadão utente e por todos que diariamente são afetados indiretamente pelas ditas greves! a maioria dos passes não permite o recurso a outro transporte e para os utilizar tem de se adquirir o respetivo bilhete, o que implica custos acrescidos para o orçamento familiar, por isso proponho aos trabalhadores do "metro" que adotem por exemplo greve ao controlo de bilhetes ou seja todos poderiam utilizar o "metro" sem pagar bilhete, isso sim seria uma inovadora forma de luta que afetava a empresa mas os utente e o comum do cidadão não era afetado e prejudicado!
À tutela exige-se frontalidade e iniciativa não podem colocar a cabeça debaixo da areia e fazer de conta que o problema não existe, compreendo que os senhores venham trabalhar com condutor e viatura do estado e que o problema lhes passe completamente ao lado mas o bom senso exige no mínimo que se contratem transportes alternativos gratuitos para os dias de greve. Afinal a divida das empresas de transportes públicos, que dizem não ser função pública, foi integrada na dívida pública e as centenas de milhões de euros de prejuízo vão ser pagos por todos nós...
A investigação está, cada vez mais, interligada, ou mesmo dependente, da disponibilização de arquivos, bibliotecas e museus na internet.
Do mesmo modo, os arquivos definem a sua política de acesso, cada vez mais, em função da sua capacidade de colocar os respectivos fundos documentais à consulta na internet.
Esta dupla realidade não é, porém, linear:
· Os arquivos digitais não disponibilizam muitas vezes a totalidade dos documentos existentes nos arquivos tradicionais;
· A organização dos arquivos digitais nem sempre segue a organização dos documentos originais;
· Os instrumentos de pesquisa e/ou de contextualização dos arquivos digitais são variáveis e nem sempre de acesso evidente ou fácil;
· Os investigadores usam muitas vezes, no seu acesso aos arquivos em suporte digital, métodos de pesquisa e consulta pouco eficazes, próprios à consulta em arquivos tradicionais.
Na verdade, são frequentes as falhas de comunicação entre os investigadores e os gestores de portais de arquivos em suporte digital, ignorando mutuamente necessidades e instrumentos pretendidos ou não criando interfaces suscetíveis de melhorar a rentabilização pelos investigadores do acesso aos portais de arquivos digitais.
A relevância desta matéria e as experiências em curso justificam que se dedique este II Encontro de Arquivos Contemporâneos, que se realiza nos dias 22 e 23 de Outubro de 2013, no Auditório da Biblioteca Nacional de Portugal, à apresentação e ao debate das soluções implantadas e das suas perspetivas de afirmação, desenvolvimento e cooperação.
O objetivo principal da escolha deste tema é o reforço da articulação entre os investigadores e os arquivos digitais, visando especialmente a melhoria da compreensão das potencialidades existentes, das respetivas necessidades e de eventuais projetos de colaboração.
Para mais informações contactar:
arquivosdigitais2013@gmail.com
PROGRAMA
Dia 22 de Outubro de 2013, 3.ª feira
09.30 Recepção e inscrição dos participantes
10.00 Intervenções de Abertura
Fernanda Rollo
Armando Malheiro da Silva
Alfredo Caldeira
11.00 Pausa café
Sessão I – Organização da Informação
11.15 Organização e recuperação da informação: da tradição iluminista à partilha em rede
Fernanda Ribeiro, Fac. Letras da Universidade do Porto, e Cristina Ribeiro, Fac. Engenharia da Universidade do Porto
11.45 Biblioteca Nacional Digital
Helena Patrício, Biblioteca Nacional de Portugal
12.15 Debate
13.00 Intervalo almoço
14.30 O resgate da Memória Libertária
João Freire e Paulo Guimarães (Projecto Mosca)
15.00 Memória Feminista
Manuela Tavares (UMAR)
15.30 Debate
16.00 Pausa café
16.15 Apresentação de projectos em curso I
16.20 Um contributo para a digitalização do Arquivo de Ciência e Tecnologia
Pedro Casquinha dos Santos e Cátia Matias Trindade, Arquivo da Fundação para a Ciência e Tecnologia
16.40 Do paradigma custodial ao acesso universal: estudo de caso do @rquivo Municipal de Ponte de Lima
Cristiana Freitas, Arquivo Municipal de Ponte de Lima
17.00 A construção de arquivos digitais pautada pela investigação – o arquivo Teófilo Rego e a fotografia de arquitectura
Graça Barradas, CEAA-ESAP e IHC da FCSH-UNL
17.20 Um arquivo moderno no séc. XXI: o caso do arquivo da Venerável Ordem Terceira Da Penitência de S. Francisco de Coimbra
Margarida Dias da Silva, arquivo da V. Ordem Terceira de S. Francisco de Coimbra
17.40 Debate
18.15 Encerramento do 1.º dia
Dia 23 de Outubro de 2013, 4.ª feira
Sessão II – A Investigação e os arquivos digitais
10.00 A participação em projectos europeus
Marco Rendina, IT Senior Researcher
10.30 Debate
11.00 Pausa café
11.15 socialhistoryportal.org
Apresentação por Hugo Guerreiro, Fundação Mário Soares
11.35 casacomum.org
Apresentação por Paulo Andringa, Fundação Mário Soares
12.00 Debate
13.00 Intervalo almoço
14.30 Apresentação de projectos em curso II
14.35 Contexto e mediação nos arquivos pessoais do CPDOC: estudo de caso
Martina Spohr, CPDOC, Fundação Getúlio Vargas
15.00 Aceder à alma da história em suporte digital
Ana Margarida Soares
15.30 Debate
16.00 Pausa café
16.15 Gestão, preservação e acesso à informação digital no Arquivo da Universidade de Coimbra (AUC)
Júlio Ramos, Director-Adjunto do AUC, e Liliana Esteves Gomes, Assistente convidada da FLUC
16.35 O Arquivo Histórico Militar na Internet
Joaquim Cunha Roberto, Subdiretor do Arquivo Histórico Militar (AHM)
17.00 Debate
17.30 Encerramento