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domingo, 14 de agosto de 2016

"crime de lesa-pátria" a atribuição a empresas privadas do combate aéreo aos fogos florestais

"O poder político afastou por completo a Força Aérea do combate aos incêndios e isso ninguém entende. É um crime de lesa-pátria", critica o presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas, António Mota, em declarações ao "Jornal de Notícias".
Aquele tenente-coronel diz que não faz sentido os portugueses estarem a pagar o combate aos incêndios a empresas privadas depois de existir uma rede da Força Aérea capaz de responder ao flagelo, com aeródromos e profissionais.
"Os pilotos são pilotos o ano todo e não apenas no verão. São custos que os portugueses já têm. O piloto tanto sai para fazer o transporte de bombeiros para a Madeira, como está a acontecer agora, como segue para apagar um fogo em Arouca", disse.
António Mota acrescenta que "os militares estão preparados e interessados nessa missão, mas alguém decidiu retirar essa competência à Força Aérea. É um negócio que envolve muitos milhões de euros".
Críticas no Facebook
As declarações do presidente da AOFA surgem horas depois de ter surgido na página oficial da associação no Facebook uma publicação assinada por um coronel que critica o "negócio" aéreo que envolve o plano de combate a incêndios em Portugal.
O texto, assinado por João Marquito, deixa clara a crítica à forma como foi retirada às Forças Armadas a função de operar os meios aéreos envolvidos no combate aos incêndios.
"O MAI (Ministério da Administração Interna) recusou entregar à Força Aérea, a gestão e operação dos meios aéreos de combate a incêndios, bem como os de emergência médica, optando por manter o actual estado de coisas, com várias entidades, várias frotas, cada uma no seu "interesse" e custos acumulados para todos, incluindo contratação dentro e fora do país", pode ler-se na publicação.
O coronel acrescenta ainda na publicação que "quando esse combate passou a ser um "Negócio" arrumaram-se os C-130, os kit MAFFS para os equiparem ficaram a apodrecer, os bombeiros exaustos, os meios de substituição não aparecem e....o flagelo continua."
"Quais as vantagens? A centralização dos meios aéreos na Força Aérea com custos reduzidos para o erário público, bem como a poupança em termos de manutenção (dado o background existente) e uma logística dos meios incomensuravelmente mais rápida e operacional", pode ler-se ainda no texto publicado na página oficial da AOFA.
Estudo na gaveta
O anterior governo pediu um estudo sobre a resposta aérea de combate aos incêndios, que defende o regresso dessa competência para a Força Aérea.
A garantia é reiterada pelo presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), António Mota, que explicou ao JN que nesse relatório se identificam os meios que a Força Aérea precisaria de voltar a ter para assumir a responsabilidade.
O relatório, "que continua numa gaveta", nas palavras do presidente da AOFA, estima que "a partir de 2018 haveria um lucro para o erário público (2016 e 2017 seriam anos de investimento), uma vez que deixaria de ser necessária a contratação de meios privados para fazer o ataque aéreo às chamas".

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Memória do Exército português disponível na Internet


Memória do Exército português disponível na Internet
O Arquivo Histórico Militar (AHM) procedeu à migração da plataforma aplicacional DigitArq para uma nova aplicação, o Archeevo4. Esta modernização e atualização de Software surgem num contexto de constante mudança tecnológica, para satisfazer diferentes tipos de público e associado a maiores e mais exigentes necessidades de informação.
É essencial que os Softwares de gestão de informação, para além do cumprimento de todo o conjunto normativo de descrição, de disponibilização e preservação dos objetos digitais, acrescentem mais-valias que respondam efetivamente às necessidades de quem trabalha em Back Office e às necessidades de informação dos seus utilizadores em Front Office nas suas pesquisas.
Esta nova versão do Software Archeevo4 acrescenta um conjunto de funcionalidades que se constituem uma mais-valia no controlo e acesso à informação. Na pesquisa, destacamos sobretudo a disponibilização de campos pré-definidos, ou seja, os mais usados pelos utilizadores, no caso do AHM são os boletins do CEP, a 1ª Divisão-Portugal e Campanhas na Europa e a 2ª Divisões – Colónias / Ultramar. O Archeevo4 é uma ferramenta imprescindível e fundamental para o acesso e recuperação da informação dos fundos do Arquivo Histórico Militar e para a disponibilização e divulgação da memória do Exército e de Portugal.
Arquivo Histórico Militar: http://arqhist.exercito.pt/
Projeto GERMIL: http://ahm-germil.exercito.pt/

Cunha Roberto
Subdiretor do Arquivo Histórico Militar